sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

GRUPO 4 (NOTURNO): Alexandre Nicolas Renno, Isabel Cristina, Juliana Grigoli Pelarim, Deyvid Fernando Reis, Jóyce Oliveira Leitão, Marcio Aparecido Meireles.

INTRODUÇÃO


Este trabalho em forma de relatório atendendo as exigências da disciplina 6GEO028 Geografia do Brasil e 6GEO030 Biogeografia tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas no trabalho de campo realizado no município de Foz de Iguaçu – PR e o Parque Nacional Del Iguazú no município de Puerto Iguazú na porção Norte da Argentina fronteira com o Brasil.

Faz apontamentos em relação ao uso do solo com respaldo nos serviços de utilidade pública como saneamento básico, energia elétrica, telefonia e disposição dos serviços de limpeza, atividades comerciais, arborização urbana, bem como outros aspectos relacionados a organização do espaço urbano.

Em outro momento discorreremos as atividades observadas no percurso até o Parque Nacional Del Iguazú e suas peculiaridades internas levando em consideração os aspectos biogeográficos da localidade com maior ênfase na flora da região.

Para tanto, utilizaremos para os distintos assuntos bibliografias específicas, material fotográfico para ilustração e também material cartográfico como forma de melhor elucidação do presente estudo.

1. Foz do Iguaçu: caracterização e localização


O município de Foz do Iguaçu foi fundado em 10 de junho de 1914, está localizado no extremo noroeste do estado paranaense, como podemos observar no mapa 1, na fronteira com a cidade de Puerto Iguazú na Argentina e Ciudad Del Leste no Paraguai. Foz do Iguaçu possui uma população estimada de 325.137 habitantes e área correspondente a aproximadamente 618 Km² . Foz é centro turístico e econômico do oeste do Paraná e é um dos mais importantes destinos turísticos brasileiros.



Fonte: Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu.


Figura 1: Mapa de localização do município de Foz do Iguaçú

O desenvolvimento de Foz do Iguaçu deu-se através de 04 Ciclos Econômicos importantes: Ciclo da extração da madeira e cultivo de erva-mate, Ciclo da Itaipu, Ciclo de exportação e turismo de compras e Ciclo da globalização da economia.


No primeiro Ciclo (1870-1970) temos as primeiras atividades econômicas de Foz do Iguaçu foram às extrações de madeira e o cultivo da erva-mate. Durante este tempo, o município se estendia por todo o oeste do Paraná até o município de Guarapuava e sua população era composta principalmente por indígenas, argentinos, paraguaios e os primeiros desbravadores. Após a instalação da Colônia Militar do Iguaçu, houve a fixação de um maior número de brasileiros na região, o que possibilitou o desenvolvimento de pequeno comércio e de pequenas propriedades rurais familiares.

No segundo Ciclo (1975-1985) ampliou e desenvolveu tanto o setor econômico quanto o demográfico devido à implantação da Hidrelétrica de Itaipu, que causou um crescimento de 385% de toda a população local, que passou de 34 para 136 mil habitantes, sendo que 50 mil faziam parte do quadro de funcionários da Itaipu no auge de sua construção. Este contingente estabeleceu-se nos bairros da cidade, dedicando-se à prestação de serviços. Houve um aumento de investimento do setor público em infra-estrutura urbana, com a construção de avenidas e do aeroporto.

Este Ciclo causou grande impacto em todo o oeste do Paraná, principalmente em Foz do Iguaçu, ocasionando a atração de correntes migratórias, compostas de trabalhadores e familiares, vindos principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além dos provenientes do Estado do Paraná.

Já no terceiro Ciclo (1985-1995) com a abertura da Zona de Livre Comércio em Ciudad Del Este, iniciou-se este novo ciclo econômico, que absorveria grande parte da mão-de-obra gerada pela hidrelétrica. Com investimentos asiáticos e árabes, em pouco tempo a cidade paraguaia se transformou no 3º centro comercial mundial, movimentando aproximadamente 14 bilhões de dólares, o que provocou um crescimento contínuo em Foz do Iguaçu. O turismo de compras passou a ser um fator preponderante, favorecendo o fluxo de cerca de 3,2 milhões de visitantes por ano.

Apesar do crescimento comercial, o Paraguai carecia de bens de consumo básicos, tanto duráveis como não duráveis, em quantidade e qualidade suficientes para atender a demanda. Essa carência foi suprida pelos exportadores brasileiros instalados em Foz do Iguaçu, que se beneficiaram deste mercado com a venda de bens como alimentos, vestuário, eletrodomésticos, maquinários agrícolas, insumos, entre outros, além do aumento na oferta de empregos e na renda local. Foz do Iguaçu tornou-se um verdadeiro centro de entre postagem das mercadorias destinadas ao mercado do país vizinho.

E por ultimo, no quarto Ciclo (a partir de 1995) iniciou-se com a consolidação do MERCOSUL, que integra Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, com a proposta de isonomia de impostos, a adoção de uma política comercial comum e o estabelecimento de uma tarifa externa comum.

O rompimento com o ciclo anterior agravou a condição econômica e social de Foz do Iguaçu, pois fez desaparecer grande parte do setor exportador e reduzir significativamente o turismo de compras e a ocupação de estabelecimentos hoteleiros não classificados, fato que ocasionou a dispensa de muitos trabalhadores.

Entretanto, Foz do Iguaçu goza das vantagens de sua localização estratégica no MERCOSUL, possuindo perspectivas otimistas de crescimento econômico, com a atração de novos investimentos e consolidação de empresas que poderão usufruir desse nicho de mercado, até então pouco ou informalmente explorado.

A expansão de cursos superiores, além do fator de atração de jovens e profissionais especializados, possibilita também a constituição de um pólo tecnológico, referencial para os novos momentos que estamos vivendo.

2. Análise da área de observação e estudo de campo


As informações contidas nesse item correspondem a delimitações das quadras observadas pelo grupo 4 (ver figura 2), no qual se enquadra as seguintes ruas: Quintino Bocaiúva, Edmundo de Barros, Almirante Barroso, Marechal Floriano e Avenida Brasil, ambas localizadas na região central do município de Foz do Iguaçu.

De acordo com o Perfil da População de Foz do Iguaçu (2003), a área de estudo, denominada Região Central – R9, (ver figura 3) região esta limitada ao norte pela Av. República Argentina, a oeste pelo Rio Paraná, a leste pela Rua Harry Shinkler e Av. João Paulo II ao sul pelo Rio M’Boicy e Avenida dos Imigrantes. A mesma possui uma população de 33.554 habitantes, cerca de 20 bairros, 20.109 edificações (14.801 residências, 3.045 comerciais e 2.263 outros – barracões, creches, escolas, etc.). A região de modo geral constitui em centro financeiro e comercial, administrativo e gastronômico da cidade.


Fonte: www.googlemaps.com


Figura 2: Planta da região central e distribuição dos grupos.




Fonte: Perfil da População de Foz do Iguaçu


Figura 3: Localização da Região Central.


Assim, discorremos sobre os aspectos observados nas ruas, em relação ao uso do solo urbano destacando os serviços de utilidade pública e as características do zoneamento, como as atividades comerciais residenciais, além de apontamentos das questões ambientais como disposição de lixeiras para depósito de resíduos sólidos e arborização das vias em análise.


2.1. Rua Quintino Bocaiúva

Na Rua Quintino Bocaiúva podemos observar a presença, levando em consideração a estrutura sanitária, pouca presença de lixo despejado nas vias, presença de alguns coletores de resíduos estalados em pontos de maior circulação de pedestres, como pontos de ônibus e cruzamentos das vias, porém verificamos alguns coletores deteriorados sem condições de uso (ver figura 4), encontramos uma cobertura vegetal acentuada, porém havia pouca área para a impermeabilização, fato este devido ser uma região comercial. Os estabelecimentos contemplavam saneamento básico (água e esgoto) e energia elétrica .



Fonte: Acervo Marcio A. Meireles


Figura 4: Coletor de resíduo deteriorado.

 
No percurso que analisamos da Rua Quintino Bocaiúva, observamos a presença de calçadas com orientação para deficientes visuais, porém isso era restrito às áreas comerciais, como podemos ver na figura 4 e acessibilidade para deficientes físicos, principalmente cadeirantes.


A organização espacial é estrutura com vias de acesso, tanto da circulação de pedestre como de veículos, bastante acessíveis e de fácil circulação.



Fonte: Acervo Marcio A. Meireles.


Figura 4: Calçada com orientação para deficientes visuais.



Fonte: Acervo Marcio A. Meireles.


Figura 5: Acessibilidade para deficientes físicos

2.2 – Rua Almirante Barroso


Na Rua Almirante Barroso apresenta lixeiras distribuídas pela via, destaque-se pela grande densidade de comércio. Havendo a especialização voltada para lojas de óticas (ver figura 6) e clínicas oftalmológicas, pouca presença de árvores e sendo servida dos mesmos serviços de utilidade pública com destaque para o rebaixamento das calçadas para cadeirantes e com alinhamento predial.


                                              
 
Fonte: Acervo Juliana Grigoli


Figura 6: Imagem referente a rua Almirante Barroso exibindo diversos serviços públicos e em especial o comércio voltado a lojas de óticas.

2.3 – Avenida Brasil


Na Avenida Brasil concentra grande fluxo de veículos é bem sinalizada e contendo um calçadão com calçadas amplas e restrita a área comercial com bancos, lojas de comércio varejista e atacadistas, presença de lixeira somente nas esquinas aspecto que poderia melhorar, pois concentra bastante fluxo de pessoas. Devido ao fato de ser reservada ao comércio há presença de quiosques no decorrer do calçadão e assentos propiciando uma área de lazer voltada ao espaço público. Um fato a ser salientado é o trabalho informal, este pode ser exercido por camelôs licenciados pela prefeitura, porém com horários restritos (ver figura 7).




Fonte: Acervo Juliana Grigoli


Figura 7: Trabalho informal na Avenida Brasil esse tipo de comércio sofre restrições de funcionamento.

2.4 – A Rua Marechal Floriano Peixoto


A Rua Marechal Floriano Peixoto concentra um grande número de estabelecimentos comerciais com destaque para lojas e clínicas de estéticas e academias, notou-se a na localidade um lote com calçada permeabilizada, além de um ponto de ônibus sendo uma via larga de mão dupla e grande fluxo de veículos. Notou-se ainda a presença de edifícios comerciais e residências de pequeno e médio porte (de 2-5 pavimentos), no entanto, a presença de um prédio residencial de grande porte (mas de 20 pavimentos) ver imagem 8.



Fonte: Acervo de Juliana Grigoli


Figura 8: Edifício Residencial localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto.

Levando em consideração o uso e ocupação do solo este edifício por ser aparentemente novo pode ter apresentado mudanças no zoneamento da cidade, pois as outras unidades residenciais são de pequeno porte. No mais, essa via apresenta os mesmos serviços públicos constantes nas demais vias analisadas.


2.5 – Síntese da área estudada

Os apontamentos contidos nesse item tem relação a outros aspectos observados nas vias e que alguns são comuns a área de campo analisada pelo grupo.

As adaptações arquitetônicas em alguns pontos como: rebaixamento de calçada para deficientes físicos com as devidas sinalizações; calçamento apropriado para deficientes visuais, porém restrito somente nas áreas comerciais; pouca presença de trabalho informal, concentrando nas vias de maior movimento; todas as calçadas possuem meio-fio e um elevado grau de impermeabilidade; a infraestrutura básica contempla toda área observada, portanto não foi notada a presença de poços no percurso.

Os comércios observados apresentam certa especialização como óticas, lojas de telefonia móvel privada e lojas de roupas destinadas a classe média/alta. Os terrenos na vias analisadas se distribuem em: residenciais e comerciais, destaca-se uma área militar voltada a residência de oficiais e também se notou pouca presença de espaços públicos voltados ao lazer.

3. RELATO DE CAMPO (Biogeografia)


No que se refere a disciplina de Biogeografia, no dia 18/10/2009 começamos o dia com uma visita a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional que teve início com a apresentação de um vídeo institucional o qual trazia informações sobre a estrutura da usina, o seu funcionamento além de suas ações sociais e ambientais, depois do filme partimos para uma visita panorâmica.

A usina erguida no rio Paraná situa-se entre o Brasil e o Paraguai, por este motivo é denominada binacional. Sua estrutura gigantesca certamente desperta comparações com outras obras, o vídeo nos informou que a quantidade de cimento utilizada na construção da usina seria suficiente para construção de 210 estádios como o Maracanã (no Rio de Janeiro) e a quantidade de ferro suficiente para erguer 380 torres como a Torre Eiffel (em Paris).

A usina que começou a ser construída em 1974 no governo militar, chegou ao fim em 1982. O lago formado pela usina ocupa uma área de 1.350 km e capacita a movimentação das 20 unidades geradoras, energia esta responsável por 80% do abastecimento paraguaio e 20% do brasileiro.

Imagina-se pela extensão ocupada pela usina que significante foi o impacto ambiental causado por ela, visto que áreas de terra consideráveis ficaram submersas para darem lugar ao lago, prejudicando assim toda fauna e flora encontrada nestes locais, como medida compensatória pela área alagada para a formação do lago a usina matem alguns projetos como o corredor ecológico, reservas e refúgios ecológicos, reposição florestal, hospital veterinário entre outros.

A visita panorâmica nos possibilitou ver a paisagem do local e ter dimensão da estrutura da usina, em alguns pontos observa-se o que foi preservado da vegetação existente.

Paramos para observar os vertedouros, 2 dos 3 encontravam abertos para dar conta da vazão de 11.000 m3/s, de acordo com dados do guia, devido ao grande volume de água acumulada no lago.


Fonte: Acervo de Juliana Grigoli


Figura: Vista da imensidão do lago da usina.

Ao término da visita a usina seguimos ao Ecomuseu, projeto da própria usina, responsável por trazer informações a respeito da fauna e flora do local, com grande abrangência histórica e também informações sobre a construção da usina, o museu conta com um acervo de representações em tamanhos naturais e tem também espaço para exposições itinerantes como a que vimos no dia de nossa visita chamada Consciência Hídrica – as dimensões da água.


Foi no Ecomuseu onde pudemos finalizar as respostas do questionário dado pelo professor.

1. O que significa a palavra tupi-guarani IGUAÇU: Água grande.


2. O que significa a palavra tupi-guarani ITAIPU: Pedra que canta.


3. Em qual rio foi construída a Hidrelétrica de Itaipu: Rio Paraná.


4. O lago da Itaipu é de que tamanho? 1.350 km2.


5. Qual tamanho em km2 do município de Londrina: 1.651 km2.


6. Mencionar 3 espécies da flora do Parque Nacional de Iguaçu: Ipê, Pata de vaca e Páu marfim.


7. Mencionar 3 espécies da fauna do Parque Nacional de Iguaçu: Onça, Anta e Capivara.


8. Qual a vazão média das Cataratas do Iguaçu? 1.500 m3/s. No dia de nossa visita estava em torno de 8 x acima desta média.


9. Como é denominada a Floresta onde se encontra o Parque Nacional de Iguaçu? Subtropical – Estacional semidecidual.

Dando sequencia ao trabalho de campo partimos em direção ao lado argentino da tríplice fronteira onde visitamos o Parque Nacional de Iguazú, na cidade de Puerto Iguazú.

O parque criado em 1934 e conta com 67.620 hectares destinados a preservação das Cataratas e da rica biodiversidade da região, as Cataratas foram formadas por uma falha geológica no leito do rio Paraná transformou a desembocadura do rio Iguaçu em uma abrupta queda, distante 27 km do fim onde se encontra a principal queda, a Garganta do Diabo, de 160 a 260 quedas d’água podem ser vistas, de acordo com a cheia do rio.

O parque é totalmente estruturado para visitação, oferece diferentes trilhas para serem feitas a pé e um trenzinho em determinados trechos, por todos os lugares há placas informativas em vários idiomas, importante devido a quantidade de turistas estrangeiros. O parque conta ainda com um Centro de visitantes, onde é possível encontrar importantes informações sobre a tão diversificada fauna e flora lá encontrada.





Fonte: Acervo de Juliana Grigoli


Figura: Vista das Cataratas por uma das passarelas.

4. FORMAÇÃO BIOGEOGRÁFICA DO PARANÁ


O Paraná encontra-se situado em uma região, onde predomina a presença de Mata Atlântica, sendo que 2% de sua extensão territorial pertencem aos cerrados (IBGE).

A Floresta Atlântica abrange litologias do embasamento Pré-Cambriano, sedimentos da bacia do Paraná e sedimentos cenozóicos. Este quadro traduz um processo histórico de expansão de formações florestais sobre as campestres, partindo da costa para o interior em consonância com o aumento do calor e da umidade do continente, no atual período Interglacial

De acordo ainda com os estudos sobre vegetais realizados pelo IBGE, a Floresta Atlântica, depois da floresta Amazônica, é o único bioma que apresenta as florestas ombrófilas e as estacionais.

A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros), mamíferos e aves das mais diversas espécies. É uma das áreas mais sujeitas a precipitação no Brasil. As chuvas são orográficas, em função das elevações do planalto e das serras.

A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à biodiversidade da Amazônia. Há subdivisões do bioma da Mata Atlântica em diversos ecossitemas devido a variações de latitude e altitude. Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora.

A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e sombreado. Dessa forma, há uma estratificação da vegetação, criando diferentes habitats nos quais a diversificada fauna vive. Conforme a abordagem, encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.

Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas ou seja só existem na Mata Atlântica. Das bromélias, 70% são endêmicas dessa formação vegetal, palmeiras, 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da Mata Atlântica.

Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive mais de 15% dos primatas, como o mico-leão-dourado. Das aves 160 espécies, e dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

No que tange ao cerrado, apesar deste ter pouca distribuição pelo Paraná, este é responsável por abrigar 1/3 da biota brasileira e 5% da flora e fauna mundiais. É caracterizada por uma vegetação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e árvores esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos, caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição.

Abaixo segue um recorte do Mapa Nacional produzido pelo IBGE, onde podemos observar a distribuição dessas formações pelo Paraná. É interessante observar que o pontilhado é referente às área antropizadas, ou seja aquelas ocupadas por atividades agrícolas, o que nos leva a inferir que a maior parte da floresta foi suplantada.
MAPA 01 – RECORTE MAPA BIOMAS IBGE (Fonte: IBGE)





MAPA 02- RECORTE MAPA VEGETAÇÃO IBGE (Fonte: IBGE)




Visualizamos a riqueza Fito Biogeográfica, representada pela presença das seguintes formações:


Floresta Estacional Semi-decidual: A Floresta Estacional Semi Decidual esta relacionada com duas estações bastante marcadas: uma chuvosa e outra seca, com temperaturas de cerca de 21°C à 15°C. É essa oscilação no clima que irá determinar a queda as folhas de boa parte da vegetação, entre 30 à 50% de todo o estrato arbóreo.



Floresta Ombrófila Mista: Esta formação ocorre em locais onde as temperaturas médias são inferiores, passando por um inverno com temperaturas abaixo de 15°C. A presença da Araucária Angustifolia é determinante da caracterização da região, bem como outros tipos de pinheiros. Atualmente esta região encontra-se suplantada em favor de pastos da pecuária extensiva.




Estepe: É caracterizada por uma precipitação pluviométrica relevante durante o ano todo. No Paraná, encontra-se uma pequena extensão na Região de Ponta Grossa, onde predomina o tipo gramíneo lenhosa da formação de estepes.



Savana: A savana, apresenta uma paisagem bastante heterogênea, por incluir em sua vegetação pastos naturais, árvores dispersas e galerias de vegetação mais densa, principalmente ao logo nos rios. No Paraná essa vegetação, representa apenas 2% da cobertura.


Fonte: www.wikipedia.com.br/savana


Floresta Ombrófila Densa: É a formação das encostas e das serras do mar, onde o Clima nunca é seco devido a influência da maritimidade e da altitude.


Fonte: www.wikitravel.com/serra-brasil



5. PERFIL BIOGEOGRÁFICO DO PARANÁ


O trajeto percorrido entre Londrina e a Tríplice Fronteira, esta desenhado de forma bastante simplificada no mapa abaixo. Como podemos observar atravessamos a porção oeste do estado onde predomina a Floresta Estacional Semidecidual, atualmente marcada pela presença das atividades agropecuárias em detrimento da cobertura vegetal primária.

Para contemplar o trajeto percorrido na Viagem de Campo, vamos desenhar um transecto Fitobiogeográfico de Londrina à Foz do Iguaçu.

MAPA 03 – ROTA LONDRINA-FOZ DO IGUAÇU





MAPA 04 – TRANSECTO DIAGONAL DO PERFIL FITOBIOGRÁFICO





 





6. Conclusão


O trabalho de campo realizado em parceria com as disciplinas de Geografia do Brasil e Biogeografia, favoreceu uma compreensão geral da realidade observada, e um campo de visão privilegiado por promover duas discussões que estão no cerne da Geografia: a apropriação da natureza pela sociedade, e as formas que as relações sociais imprimem ao espaço.


7. Bibliografia

CURITIBA. Parque nacional do Iguaçu: Caminho aberto para vida, rede nacional pró – unidades de conservação, rede verde de informações ambientais, 2002.

IBGE. Mapa de Vegetação do Brasil. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em 05 dez 2009.

GOMES,C.Legislação Ambiental Do Mercosul e a Gestão De Recursos Hídricos Na Tríplice Fronteira.2008.Dissertação (Mestrado em Geografia).Universidade Federal do Paraná,Curitiba.

Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu.Disponível em: Acesso em: 05/12/09.

PN Iguazú. Disponível em: http://www.parquesnacionales.gov. Acesso em: 05/12/2009.

Usina de Itaipu. Disponível em: http://www2.itaipu.gov.br/meioa/ecomuseu.pdf. Acesso em: 05/12/2009




Um comentário:

  1. Coloquem as fotos e as figuras e arrumem a disposição, por favor. Custou, mas saiu! E arrumem o nome da Juliana Pelarim.

    ResponderExcluir