Com o objetivo de observamos na prática os estudos em sala de aula, nas datas de 16 de outubro ( saída da turma do estacionamento da UEL) à 19 de outubro ( Chegada a Londrina) do ano de 2009, os alunos do 4º ano de Geografia sob a orientação da professora Márcia Siqueira de Carvalho (docente da disciplina de Geografia do Brasil) e do Professor Omar Neto Fernandes Barros (Docente da disciplina de Biogeografia) fomos ás cidades de Foz do Iguaçu no Brasil, Ciudade del Leste no Paraguai e Puerto Iguazú na Argentina.
No dia 17, sábado, em Ciudad Del Este foi analisado o microcentro, que é onde se situa o grande comércio da cidade lá podemos observar questões como a infra-estrutura da cidade e a formação do comércio. Porém observação mais detalhada ocorreu mesmo em Foz do Iguaçu em quadras detalhadas pela professora Márcia e nosso grupo ficou responsável pelo quadrante número 1.
No dia 18, Domingo, visitamos ao Ecomuseu e ao Parque Nacional de Iguazú, no qual tivemos a oportunidade de contemplarmos as Cataratas e de observar a fauna e a flora da região, conteúdo a ser estudado para a disciplina de Biogeografia.
Além desse relatório, a avaliação do trabalho de campo consistiu ainda na elaboração de uma caderneta de campo contendo informações básicas e descrições a respeito dos locais visitados, assim como a resposta de um questionário.
Foz Do Iguaçu
Foz do Iguaçu é o município brasileiro, criado em 1918, no extremo oeste do Paraná, localizada na fronteira entre Paraguai e Argentina, com uma população de mais de 300 mil pessoas.
Destacando-se por seus atrativos, a cidade é referência em turismo no Brasil e no mundo, pois suas atrações turísticas, e a complexa rede hoteleira e de serviços, rendem a cidade fama internacional.
Mas a cidade, não é só palco disto, ela também é reconhecida por fazer parte da Tríplice Fronteira, local onde se encontram as divisas internacionais da Argentina, Brasil e Paraguai. Local este, de conflitos, debates e tensões frente aos problemas sociais e econômicos que se apresentam, e que se tornam cada vez mais um problema diplomático entre os países, e que sempre vem à tona.
Juntos, os municípios de Foz de Iguaçu (Brasil), Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad Del Este (Paraguai), se conectam e formam a chamada Tríplice Fronteira, que é a configuração de uma metrópole tri-nacional, na região das divisas.
A tríplice fronteira e o papel de Foz do Iguaçu
A tríplice fronteira se caracteriza, não só pelas divisas internacionais, mas sim, por toda sua interligação, e todo seu potencial econômico, político e social, visto que as cidades causam influências diretas em suas relações entre si. Estas relações se tornam mais evidentes nas relações entre Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este, do que as duas com Puerto Iguazu.
É claro que Foz do Iguaçu, tem uma maior importância em relações às outras no contexto da tríplice fronteira, pois centraliza e emana poder através das divisas nacionais, pelo Cone Sul, e é visto como um pólo transfronteiriço que devido ao porte da cidade e seus contextos frente às demais, tem a função de ordenar a dinâmica da fronteira.
Fatores como a grande circulação de pessoas, turistas ou não, devidos a tríade central de atrações na região, como Cataratas do Iguaçu, a Usina Binacional de Itaipu, ou mesmo a circulação de mercadorias ilegais, como no comercio fronteiriço de Ciudad Del Este, torna estas cidades atreladas às atividades realizadas, e com isso, as torna uma metrópole, mesmo estando em países diferentes.
Metrópole esta que pode ser visualizada, pelas infra-estruturas construídas para o acesso entre as cidades levando-as a uma maior integração, pois com a construção da Ponte da Amizade, em 1965, ligando Brasil-Paraguai e a Ponte Tancredo Neves,construída no final da década de 80, ligando Brasil-Argentina, isso se tornou real. E a ligação entre Foz do Iguaçu e Curitiba, pela BR-277, em 1969, intensificou o desenvolvimento da região em direção ao restante do Brasil.
Mas as cidades se tornaram concorrentes, e sofrem constantemente com a inversão do fluxo de pessoas e mercadorias com base na situação econômica e política monetária de cada país, e no câmbio que faz a dinâmica da economia da tríplice fronteira.
Mas toda a questão fronteiriça polarizada por Foz do Iguaçu, e a irradiação de sua influência, devem-se a seu processo histórico, que fez com que o surgimento da então Colônia Militar do Iguaçu no séc. XIX, se desenvolvesse como a cidade de maior importância no oeste de Paraná, e de maior importância dentre as cidades fronteiriças do Brasil. Tudo isto se tornou o que é, graças às políticas nacionais implantadas após a década de 50, direcionadas ao controle e ocupação das áreas das fronteiras.
Ao analisar o papel de Foz do Iguaçu, no contexto da Tríplice Fronteira como cidade pólo, observamos uma complexa e emaranhada rede de relações com as cidades vizinhas, como em setores econômicos, ou através dos conflitos sociais existentes, ocasionados pelas atividades desenvolvidas ao longo da fronteira.
Mas a função da cidade vai além deste pólo, irradiador de influência, ela transpassa a fronteira e atinge diretamente todas as cidades da região das divisas. Foz do Iguaçu, é mais do que uma cidade pólo de turismo, com seus atrativos, mas sim como uma coordenadora da tríplice fronteira e sede da diplomacia dos três países ao redor da fronteira.
Mas, atualmente devemos analisar a tríplice fronteira, a partir de suas relações econômicas, políticas e sociais, entre os países, e entendermos os processos que por ali se desenvolveram, como o comércio ilegal, o contrabando, e outros, afim de que as relações diplomáticas se sobressaiam, tornando a fronteira, um palco de cooperação regional, para o desenvolvimento do Mercosul, e conseqüentemente de cada país.
Histórico do Município de Foz do Iguaçu
O município de Foz do Iguaçu, se originou inicialmente de uma Colônia Militar na região, criada em 22 de novembro de 1889, e foi o marco do início da ocupação efetiva brasileira na região da fronteira e extremo oeste do Paraná, e tinha como competência distribuir terrenos a colonos interessados.
Em 1910 a Colônia Militar passou à condição de "Vila Iguassu", distrito do município de Guarapuava. Dois anos depois, o Ministro da Guerra emancipou a Colônia tornando-a um povoamento civil entregue aos cuidados do governo do Paraná, e em 14 de março de 1914, pela Lei 1383, foi criado o município de Vila Iguaçu, instalado efetivamente no dia 10 de junho do mesmo ano. Somente em1918, o município passou a denominar-se "Foz do Iguaçu".
Atualmente sua população é estimada em 325.000 habitantes, segundo dados do IBGE (2009). Integra uma área urbana com mais de 700 mil habitantes, constituída pela tríade de municipios da triplice fronteira, Ciudad del Este, no Paraguai, e Puerto Iguazú na Argentina.
Atrações turisticas da cidade
Foz do Iguaçu, é conhecida internacionalmente pos seus atrativos turisticos, que atrai visitantes do Brasil e do mundo. Lugares como as Cataratas do Igauçu, a Usina Binacional de Itaipu, Parque das Aves, Marco das Três Fronteiras, Ponte da Amizade, etc, atraem turistas o ano todo, e movimentam a economia local, sempre voltada para o turismo e o fluxo continuo de turistas pela cidade.
Parque Nacional do Iguaçu
O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 1939, com o propósito de administrar e proteger o manancial de água que representa as cataratas e o conjunto do meio ambiente ao seu redor.
O parque que é um patrimônio mundial natural da humanidade tombado pela UNESCO, desde 1986, e é considerado uma unidade de conservação brasileira, localizada na porção extremo oeste do Parana, a 17 km do centro da cidade de Foz do Iguaçu e a apenas 5 km do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. O Parque Nacional tem uma área total de 185.262,20 hectares, e nele se encontra um dos mais espetaculares conjuntos de cataratas da Terra, as Cataratas do Iguaçu.
Também é um dos poucos locais de conservação da Mata Atlântica que antes cobria mais de 1,3 milhão de km² distribuída ao longo de 17 estados brasileiros, e que hoje de reduz a apenas 7,3% desse total. O que restou encontra-se, atualmente, em pequenas áreas isoladas, dentre elas as chamadas Unidades de Conservação. Até a década de 1950, a região oeste paranaense mantinha-se bem preservado ambientalmente, a partir daí, o processo mais intenso de devastação foi isolando o Parque Nacional do Iguaçu. Em 1980, este já estava praticamente isolado, em situação similar ocorrida à região da Serra do Mar, no litoral paranaense.
No Brasil, o Parque Natural se estende por 14 municípios da região:Foz do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Céu Azul, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Santa Tereza do Oeste, Capitão Leônidas Marques, Capanema e Serranópolis do Iguaçu.
Quanto a biodiversidade de fauna, presentemente foram registradas 257 espécies de borboletas, porém estima-se que existam cerca de 800, mamíferos foram catalogados 45, anfíbios 12, serpentes 41, lagartos 8, peixes 18 e mais de 200 espécies de aves.
O Parque Nacional do Iguaçu preserva a exuberante vegetação da selva subtropical que rodeia a Área das Cataratas: 2 mil espécies de plantas. Conta com dois circuitos fundamentais chamados Inferior e Superior. No Circuito Inferior, as passarelas o levarão a sentir as quedas de água desde a parte inferior, enquanto que o Circuito Superior, o fará por sobre a queda de água. Os visitantes dispõem ainda de um elevador panorâmico. Poderá também sobrevoar as Cataratas do Iguaçu apartir do helicópetro da Helisul, bem como fazer passeios em barco a motor no rio.
No parque encontramos a área das Cataratas do Iguaçu, um conjunto majestoso de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizam entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e no Parque Nacional Iguazú, Misiones, na Argentina. A área total de ambos parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e declarada como Patrimônio Natural da Humanidade.
Usina Hidrelétrica de Itaipu
A usina de Itaipu, é a maior usina hidrelétrica do mundo em tamanho e em produção anual de energia, esta localizada no rio Paraná, na fronteira entre Brasil e Paraguai.
A construção foi iniciada na década de 1970, e causou fortes impactos em toda a região, tanto no contexto ambiental, social e econômico, pois foram necessários a empregabilidade de mais de 40.000 trabalhadores na construção da usina. A maioria deste contingente populacional, veio de outras regiões do estado e do país, e com o passar dos anos acabaram ficando raízes na cidade de Foz do Iguaçu.
Com isso, houve um aumento consideravel no contingente populacional da cidade, pois em 1960, o município contava com 28.080 habitantes, em 1970 com 33.970 e passou a ter, em 1980, 136.320 habitantes, registrando um crescimento de 385%, estimando-se hoje uma população de 325.000 habitantes
A construção gigantesca, foi um marco da engenharia não só de nosso país, mas em todo o mundo, pois os números são muitos. Na construção foram utilizados 12,57 milhões de m³ de concreto (o equivalente a 210 estádios do Maracanã) e uma quantidade de ferro equivalente a 380 Torres Eiffel. Comparando a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Eurotúnel (que liga França e Inglaterra sob o Canal da Mancha) foram utilizados 15 vezes mais concreto e o volume de escavações foi 8,5 vezes maior.
O comprimento total da barragem é 7.235 metros, com uma elevação da crista de 225 metros. Itaipu é, na verdade quatro barragens juntas - da extrema esquerda, uma barragem de terra de preenchimento, uma barragem de enrocamento, uma barragem de concreto principal, e uma barragem de concreto para a ala direita. A barragem principal tem 196 metros de altura, o que é equivalente a um prédio de 65 andares.
A vazão máxima do vertedouro de Itaipu (62,2 mil metros cúbicos por segundo) corresponde a 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu. A vazão de duas turbinas de Itaipu (700 metros cúbicos de água por segundo cada), corresponde a toda a vazão média das Cataratas (1500 metros cúbicos por segundo)
A capacidade instalada de geração da usina é de 14 GW, com 20 unidades geradoras fornecendo 700 MW cada. No ano de 2008, a usina geradora atingiu o seu recorde de produção, com 94,68 bilhões de quilowatts-hora (kWh), fornecendo 90% da energia consumida pelo Paraguai e 19% da energia consumida pelo Brasil.
Parque das aves
O Parque das Aves é um parque particular no Brasil, criado em 1994 e que conta atualmente com 17 hectares de mata nativa, situado próximo às Cataratas do rio Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná. Possui cerca de 1.000 aves de 150 espécies brasileiras, além de outros exemplares exóticos, constituindo-se assim como o maior parque de aves da América Latina.
Infra estrutura sanitaria
Segundo a SANEPAR(2009), o muncipio de Foz do Iguaçu, ao contrario das cidades vizinhas da fronteria, conta com uma ampla e eficaz rede de agua e esgoto. Toda a cidade é integrada a rede de agua tratada, e mais de 69% da cidade recebe a rede de tratamento de esgoto.
Índice de Atendimento com Rede de Água – Jarda (%) 100
Índice de Atendimento com Rede Coletora de Esgoto – (%) 69,26
Esgoto Tratado em (%) 100
Estações de Tratamento de Esgotos 05
Reservatórios de Água 14
Capacidade dos Reservatórios de Água (m³) 25.600
Estações de Tratamento de Água 02
Fonte: SANEPAR, 2009
Economia
Foz do Iguaçu, tem sua economia voltada exclusivamente para o turismo e a geração de energia elétrica, que são os maiores atrativos da cidade. Mas o forte da cidade é mesmo o turismo que, destona de outros setores pelos atrativos que a cidade oferece a seus turistas.
Todos os setores relacionados diretamente com o turismo, tem um forte desenvolvimento na cidade. Mas sua economia tambem desponta na prestação de serviços e no comércio, apesar deste fazer frente com o comércio ilegal, sempre presente ao transpassar a fronteira, pela Ponte da Amizade, rumo ao Paraguai, por exemplo.
Mas questões como as atividades criminosas na região, comercio ilegal, e fragilidade na vigilância e fiscalização da fronteira, poderiam render a cidade, mais divisas através de uma maior arrecadação de impostos, criadas a partir de um maior rigor e controle sobre a fronteira.
Relevo
Foz do Iguaçu está localizado no extremo oeste do terceiro planalto paranaense, sendo o município mais a oeste do Paraná. O relevo é suavemente ondulado, o que contribui muito para o desenvolvimento da agricultura. Sua altitude varia em torno dos duzentos metros. A oeste do município corre o rio Paraná, ao sul o rio Iguaçu, ao norte fica o Lago de Itaipu e a sudeste o Parque Nacional do Iguaçu, uma das últimas reservas de mata nativa intacta que existem no Paraná. No sudoeste de Foz os Rios Iguaçu e Paraná se unem formando a tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Clima
O clima de Foz de Iguaçu é subtropical úmido mesotérmico, classificado por Köppen como Cfa. A cidade tem uma das maiores amplitudes térmicas anuais do estado, cerca de 11°C de diferença média entre o inverno e o verão, isto deve-se a uma menor influência da marítimidade do que a que ocorre em outros municípios. Por isso os verões costumam ser muito quentes, com máximas médias em torno dos 35°C, por vezes chegando a superar a marca dos 42°C e os invernos apesar de, na média, serem considerados amenos, ainda sim propiciarem quedas bruscas de temperaturas que podem fazer a temperatura cair abaixo de zero durante a passagem de frentes frias com a massas de ar polar na retaguarda. As chuvas costumam ser bem distribuídas durante o ano, com uma pequena redução no inverno, e a precipitação anual varia em torno dos 1800 mm.
Solo
Apresenta encostas levemente onduladas, com solos de textura argilosa, de origens eruptivas, profundas e ricas em matéria orgânica.
Hidrografia
Nove microbacias hidrográficas, sendo a maioria destas nascidas no perímetro municipal. Os principais rios que cortam a cidade são: Paraná, Iguaçu, Tamanduá, São João, Almada, M’Boicy e Monjolo.
O acesso pluvial à cidade se dá pelos rios Paraná e Iguaçu e pelo Lago de Itaipu
Análise da estrutura Urbana da quadra Solicitada
Foi solicitado para os grupos a observação de alguns quesitos dividos da seguinte maneira:
Imagem 1: Divisão dos grupos para a análise urbana de Foz de Iguaçu
Imagem 2: Localização especifica do grupo 1
R Rui Barbosa – Entre R Castelo Branco e Av. Paraná
Imagem 3: Esquina da R Castelo Branco com a R Rui Barbosa ( Foto: Gustavo Nascimento)
Trecho da rua que apesar de possuir prédio tem baixo movimento e se apresenta como de Mao única de aproximadamente 12 metros de largura, e apesar de possuir meio fio em toda ela a calçada se mostra danificada e em alguns pontos há acúmulos de resíduos sólidos trazidos pela chuva.
Em conversa com moradores da rua estes disseram que possuem rede coletora de esgoto, assim como distribuição de água tratada. Há tanto a presença de residências como a de pequenas lojas comerciais.
Av Paraná – Entre R Rui Barbosa e R Xavier da Silva
Imagem 4: Av Paraná. ( Foto: Gustavo Nascimento)
Avenida de grande fluxo já que faz ligação com BR-277,pode se observar ainda ponto de ônibus, área comercial além de estacionamentos característico de grandes avenidas, apresenta também via de dois sentidos com 2 pavimentações, com uma calçada separando-as com grande quantidade de arborização.
Quanto a rede coletora de esgoto e distribuição de água tratada também é encontrada neste trecho da avenida, as calçadas são largas e em alguns trechos estão deterioradas, há a presença de lixeiras tanto no pontos de ônibus quanto na calçada.
O loteamento é consolidado pela prefeitura e as edificações são alinhados obedecendo a um padrão. Apesar de ser uma área comercial, com presença de mercados, bares, entre outros encontra-se também edificações residenciais.
R Xavier da Silva – Entre Av Paraná e R Castelo Branco
Imagem 5: R Xavier da Silva ( Foto: Gustavo Nascimento)
Na Rua Xavier da Silva se mostrou com uma área comercial quando mais próximo da avenida Paraná e mais residencial na parte em que se distanciava desta. Apresentou lixeiras na calçada e em frente as residências, as calçadasem alguns pontos danificadas obedeciam o alinhamento predial e em outros pontos possui jardins, até a esquina com a R Castelo Branco, onde por causa da construção de um prédio a calçada ficou limitada.
Não há problemas quanto a rede coletora de esgoto e nem de água tratada, as ruas são largas de sentido único e por ter uma declividade acaba por acumular resíduos sólidos ainda mais em dia que houve chuva como o analisado.
R Castelo Branco – Entre a R Xavier da Silva e R Rui Barbosa.
Imagem 6: R Castelo Branco (Foto: Gustavo Nascimento)
Na rua Castelo Branco se mostrou de bem larga com 12 metros de largura aproximadamente de sentido único e apesar de prédios nesse trecho também não se notou muito movimento, com a construção evidenciada na foto acabou por tomar parte da calçada. E como em todas os trechos que analisamos a há a presença de rede de esgoto como a de água tratada. Nota-se também a presença de vazios urbanos afim de especulação imobiliária, edificações de alvenaria e de madeira e atividades comerciais são em pequena quantidade.
R Ptro. Venanti Otremba – Entre R Xavier da Silva e R Rui Barbosa
Imagem 7: R Ptro. Venanti Otremba ( Foto: Gustavo Nascimento)
O caso da Venanti Otremba segue o exemplo de todas as outras mostrando a uniformidade dessa região, sendo assim tem prédios e casas tanto para uso comercial quanto residencial, de maioria de alvenaria e algumas poucas de madeira, além de alguns vazios urbanos também. Bem arborizada, essa rua é larga de aproximadamente 12 metros de duplo sentido.
Rede coletora de esgoto e água tratada são há muito tempo presente nessa rua.
Ciudad Del Este: uma aproximação
Rabossi (2004) relata que Ciudad Del Este é a segunda cidade em importância do Paraguai, tanto em termos demográficos como econômicos. Estes dados chamam ainda mais atenção quando se leva em consideração que esta cidade foi fundada em 1957, quatrocentos e vinte anos depois de Assunção (fundada em 1537), que é a cidade mais importante do Paraguai e também sua capital.
A primeira característica, de acordo com o autor, que chama atenção de Ciudad Del Este é a sua localização, visto que é uma cidade fronteiriça, situada no limite oriental do Paraguai. Seu centro comercial localiza-se nas imediações da saída da Ponte da Amizade. Mercadorias, a maioria constituídas de produtos importados oriundos de diversas partes do mundo, especialmente do sudeste asiático, são oferecidas em seus estabelecimentos comerciais: galerias, shoppings e postos de venda de rua.
Quanto ao o rápido crescimento de Ciudad Del Este, Rabossi acredita que o mesmo pode ser explicado, sem desconsiderar outros fatores, pelo grande dinamismo que seu movimento comercial adquiriu, tornando-se num curtíssimo espaço de tempo um dos centros comerciais regionais mais importantes da America latina.
O autor informa que sua tese foi construída a partir de uma das figuras que considera mais visíveis e onipresentes, são os vendedores de rua, que ali são chamados de mesiteiros.
O desenvolvimento de seu comércio, na óptica de Rabossi, tem ligação com compradores de outros países, especialmente o Brasil. Ele acredita que a própria fundação da cidade deu-se visando a aproveitar o movimento que daria possibilidade à construção do corredor viário que viria unir o centro do Paraguai ao Brasil.
Nem todas as cidades localizadas em fronteiras internacionais que oferecem produtos com preços vantajosos alcançaram as proporções de Ciudad Del Este. A peculiaridade desta cidade — argumenta o autor — tem vínculo com o fato de ela estar incorporada em circuitos comerciais transnacionais que articulam seu espaço com distantes lugares de produção e com centros comerciais localizados em outras partes do mundo, e por onde fluem pessoas de várias origens, e mercadorias de variadas procedências.
Rabossi diz que, em se tratando de comerciantes, empregados, vendedores, compradores, transportadores e interesses comerciais, as inter-relações entre o lado brasileiro e o paraguaio são tantas que o limite internacional pode parecer um espaço urbano contínuo. Entretanto, ele pondera que o quadro mostrado pela dinâmica social e pelas trajetórias históricas é diferente. Limites claros também são mantidos nas interações que ocorrem através do movimento comercial.
O autor em questão comenta que, visando a favorecer a importação de produtos que seriam vendidos aos turistas que chegassem à cidade, uma série de medidas foi tomada, desenvolvendo-se a partir de um regime que tem como base concessão de exceções impositivas.
O autor compara o comércio de Ciudad Del Este com outras cidades com características parecidas, dando maior ênfase às semelhanças com Dubai. Comenta que elas compartilham muitas características. Por exemplo, o fato de ambas serem centros comerciais regionais cuja atividade está centrada na re-exportação de mercadorias produzidas em outras partes do mundo, de ser compostas por uma população de variadas origens que veio atraída por esse movimento comercial.
Entretanto, quando feita uma análise mais detalhada, as diferenças entre as duas cidades são bem visíveis, na opinião do autor. As balizas que marcam Dubai como uma das cidades de vanguarda na arquitetura contemporânea – as facilidades presentes em seu World Trade Center ou os luxos que guarda o hotel Burj Al Arab (um dos mais luxuosos do mundo) – não são encontrados em Ciudad Del Este, esclarece Rabossi. A presença mais sofisticada no centro comercial de Ciudad Del Este, o Shopping Monalisa, continua sendo um espaço modesto quando comparado com os shoppings de Dubai.
Observada de seu centro comercial, Ciudad Del Este está mais próxima dos mercados informais que caracterizam tantas cidades da América Latina, da Ásia ou da África do que dos centros comerciais mundiais mais dinâmicos dos anos 90.
Para compreender as peculiaridades de Ciudad Del Este, faz-se necessário entrar na cidade e analisar as formas de seu desenvolvimento. O que se precisa compreender não é porque Ciudad Del Este não está na vanguarda da arquitetura contemporânea, mas sim como, tendo alcançado uma dimensão comercial tão expressiva, seu desenvolvimento deu-se nas configurações que conhecemos.
Rabossi comentou também os aspectos de segurança na tríplice fronteira. Ele diz que a julgar pelo que os meios de comunicação regionais e internacionais divulgam sobre a zona de confluência dos limites entre Brasil, Paraguai e Argentina parece ter se transformado em um dos espaços que condensa todos os problemas de segurança contemporâneos: terrorismo islâmico e máfias transnacionais, pirataria, contrabando, lavagem de dinheiro, além de narcotráfico e tráfico de armas.
Rabossi parece crer que esta visão sobre a Tríplice Fronteira foi se concretizando durante a década de 90 depois dos atentados do11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Passando, a partir desse momento, a se configurar como um dos espaços privilegiados de pesquisa e reflexão no campo de segurança, aumentando os estudos estratégicos e as relações internacionais pela suposta vinculação entre formas ilegais de geração de recursos e o terrorismo internacional.
Na cartografia da criminalidade, que aparece delineada nesses retratos, as três cidades que compõem os limites internacionais são incorporadas dentro da totalidade que constitui a Tríplice Fronteira, porém é Ciudad Del Este a que aparece como seu centro.
Para Rabossi a presença de punguistas, putas, meliantes, revolucionários, criminosos, traficantes de drogas, viciados, assassinos, assaltantes, piratas, bandidos, extorsionários, contrabandistas, valentões, proxenetas e arrivistas, além de integrantes dos cartéis de drogas sul-americanos, das tríades chinesas, da Yakuza japonesa, das máfias italiana, russa e nigeriana, e de terroristas de Hezbollah, não é justificativa suficiente para que Ciudad Del Este receba tal apelativo pois, na sua concepção, Nova York e Miami, Londres ou São Petersburg, além de tantos outros lugares do mundo, também estão qualificados para receber este mesmo apelativo. Com segurança, assevera ele, todas essas categorias se encontram nas cidades mencionadas.
Quanto ao grande movimento de transporte na Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai, Rabossi acredita que grande parte desse movimento pode ser creditado à quantidade de serviços de transporte que operam através da Ponte da Amizade, levando e trazendo pessoas e mercadorias.
Tanto movimento, para ele, torna-se passível de ser compreendido a partir das áreas comerciais próximas à Ponte da Amizade. Sendo diferente a posição que cada área ocupa na dinâmica de sua cidade, resultado, na sua visão, da história e da orientação que cada cidade tem no tocante a atividades e a espaços. Explica que em Foz do Iguaçu, a área próxima à ponte é periférica dentro da cidade, sendo que o centro, que concentra a maior quantidade de serviços está localizado a alguns quilômetros dali.
Ao contrário, a área de Ciudad Del Este próxima à ponte é o centro da cidade, onde estão concentrados os serviços privados (a maior quantidade de entidades bancárias e comércios) e, em seu limite, encontram-se os principais escritórios públicos.
Foz do Iguaçu foi fundada como colônia militar, em 1889, e seu centro administrativo e comercial cresceu ao redor do lugar de sua fundação. As terras próximas à Ponte da Amizade, Rabossi explica que não acompanhou o seu desenvolvimento urbano. No entanto, logo após a inauguração da ponte, essa área começou a urbanizar-se, o que vem corroborar com a tese de que o comércio com Ciudad Del Este tem muito a ver com seu desenvolvimento. O autor aponta que a maior área comercial da Zona Oeste de Foz do Iguaçu, de acordo com um cartaz da prefeitura municipal, é a que se situa próximo a Ponte da Amizade.
No final dos anos 50, antes mesmo de a ponte ser construída, segundo os relatos de Rabossi, alguns comerciantes que haviam levado a produção industrial brasileira ao oeste do Paraná se fixaram em Foz do Iguaçu com a intenção de aproveitar um mercado virgem de produtos brasileiros: o Paraguai. Estes eram, em sua maioria, imigrantes libaneses. Alguns, recém chegados, outros já haviam andado pelo interior de Paraná e de São Paulo.
Muitas pessoas que chegam a Ciudad Del Este, diz o autor, pode ver o espaço que se visualiza depois de cruzar a ponte da Amizade como um caos intimidante: postos e mais postos de venda na rua, negócios e galerias, construções irregulares, pessoas, vendendo, comprando, fazendo câmbio, carregando, cuidando. No entanto, o que para muitos se configura como uma grande confusão, para outros, constitui um espaço inteligível, a partir de suas atividades, seus códigos, relações e formas de organização.
Assim como no lado brasileiro, a via que começa na Ponte da Amizade estrutura espacialmente a área próxima à ponte. A rodovia Internacional VII (RI-VII) que entra em território paraguaio a partir da ponte divide em dois o espaço do microcentro. As laterais da rodovia, que a acompanham em todo seu trajeto dentro de Ciudad del Este, são a Avenida San Blas e a Avenida Monseñor Rodríguez.
Rabossi afirma que tanto os paraguaios quanto os comerciantes estrangeiros que possuem negócios em Ciudad Del Este se referem aos compradores como turistas, da mesma forma agem os jornais paraguaios.
O termo turista, no entanto, não é empregado por ignorância ou ingenuidade, quem trabalha no microcentro de Ciudad Del Este tem plena consciência da diferença entre quem compra para revender e aqueles que compram para consumo.
A categoria turista-turista somente tem sentido em contraste com a figura do turista-comprista. A redundância da categoria, assim como a definição que sempre foi dada – “verdadeiros turistas” –, pareceria coincidir com a observação de que usar essa palavra para referir-se a quem vai realizar compras para revendê-las não se adéqua a seu verdadeiro significado. No entanto, a persistência de seu uso adquire sentido tanto no desenvolvimento histórico de Ciudad Del Este quanto em suas definições (RABOSSI, 2004, p.54).
A expansão do comércio de Ciudad Del Este, vai além da ampliação de oferta de produtos. Possibilitou o desenvolvimento de uma infra-estrutura de modo a viabilizar a realização das compras e vendas. Assim, diversamente das expectativas unilineares de desenvolvimento, o comércio de Ciudad Del Este apresenta a coexistência de modos de organização que multiplicam-se e sobrepõem.
Após a inauguração da ponte da Amizade, segundo o autor, outro tipo de comércio começou a se desenvolver (a venda e compra de dinheiro), os primeiros cambistas, surgiram a partir de 1966, e em 1975, foi instalada a primeira casa de câmbio em Presidente Stroessner. Em 1998 já existiam associações de cambistas, que se uniram para formar a Confederación de Trabajadores Cambistas. Muitos cambistas já possuem clientes regulares.
Ao desenvolvimento do comércio de Ciudad Del segui-se o desenvolvimento de diversos tipos de transporte, movendo pessoas e mercadorias. Os taxis, de acordo com Rabossi, foram os primeiros a trabalhar com o fluxo de turistas. Ele esclarece, entretanto, que o desenvolvimento do transporte processou-se de forma distinta em Foz do Iguaçu e no Paraguai. Naquele ainda predomina o transporte através de ônibus.
As ruas de Ciudad Del Este, na óptica de Rabossi, além de ser naturalmente o lugar de circulação de pessoas, configuram-se também como um espaço onde se desenvolve diversos tipos de comércio. Os vendedores que trabalham na via pública estão divididos em dois grupos: os ambulantes, isto é, que percorrem as ruas com os produtos, e os que trabalham fixos num lugar específico (conhecidos como mesiteiros).
Rabossi aponta vários fatores que interferem no espaço que ocupa cada um dos mesiteiros causando problemas que outros que se encontram a poucos metros de distancia desconhecem. Vender na rua impõe a produção diária do espaço para as vendas.
Legalmente, a prefeitura de Cidaud Del Este é quem detém o controle sobre o espaço da rua, porém na prática, desde que foi aceito o trabalho dos mesiteiros e formadas as associações, esse controle passou a ser compartilhado entre a Prefeitura e as associações, afirma Rabossi.
No ultimo capítulo de sua tese Rabossi salienta que o objetivo de seu trabalho não foi o de fazer um levantamento sistemático sobre os lugares promovidos para sacoleiros, ou de mapear os centros nacionais regionais e locais de comércio, ele afirma que o que lhe interessa é ressaltar a relação existente entre o comércio e o movimento que a categoria sacoleiro permite mostrar.
A dinâmica que se instaura pela compra de mercadorias do outro lado da fronteira, segundo a óptica de Rabossi, torna-se inteligível a partir de dois registros espaciais: sendo um localizado na fronteira e vinculado à multiplicação de formas e esquemas de passagem e o outro registro no qual a fronteira se restringe a um dos vértices de diversos circuitos que atravessam territórios mais extensos.
Análise das observações em campo
As colocações de Rabossi a respeito de Ciudad del Este configuram-se em um instrumental teórico bastante profícuo para o entendimento da referida localidade, entretanto o campo é imprescindível na medida em que nos proporciona uma interpretação singular daquilo que observamos, ou seja, ainda que Rabossi contribua para a compreensão das espacialidades de Ciudad del Este, nossas considerações prescindem da observação empírica. Nesse sentido, expomos a partir de agora nossas considerações a respeito do que observamos em Ciudad del Este.
Imagem 8 – a imagem representa a entrada da cidade, área de intensa movimentação.
A rede de drenagem fluvial urbana apresenta-se voltada para a margem oeste do Rio Paraná. Desta maneira uma grande quantidade de lixo encontrada nas ruas “sedimenta” para as margens do rio através de chuvas, vento ou gravidade. Ou quando não desta maneira os rejeitos dos estabelecimentos comerciais são levados para as áreas mais baixas pelos próprios lojistas, como no caso de um aterro próximo ao Internacional Shopping, que mais parece uma mistura de estacionamento com usina de compostagem.
Imagem 9 – representa a movimentação da cidade
Não apresentando um planejamento para a coleta nem para a captação de material descartado, encontra-se uma grande quantidade de lixo nas ruas, por toda extensão do quadrante. As poucas lixeiras encontradas, não raras vezes se tratavam de adaptações, feitas pelos comerciantes instalados em barracas na rua, de caixas ou cestos em péssimo estado. Porém, de qualquer forma tal iniciativa implica manter os arredores de sua área de comércio trafegável e com possibilidade que os clientes se aproximem dos produtos oferecidos.
Imagem 10 - Umas das lojas presentes em ciudad del leste
Quanto ao fornecimento de água, os proprietários de estabelecimentos regulares afirmaram que uma das alternativas para o abastecimento da região é obtido por meio de poços artesianos, embora a provisão da água também seja feita pela companhia estatal responsável, como pode ser percebido ao localizarmos alguns hidrômetros em funcionamento. Um aspecto bastante negativo da baixa infra-estrutura e ainda relacionado ao fato da obtenção da água por meio de poços, reside na soma de uma relevante parcela dos estabelecimento não estarem ligados a rede coletora de esgoto, o que implicaria a contaminação do solo e do aquifero freático, atingindo assim a saúde da população. Assim destacamos a carência de mais duas infra-estruturas básicas, a da provisão da água potável e da rede coletora de esgoto.
Muito embora a população elabore seus próprios arranjos para suprir a carência de tais aparatos técnicos, as conseqüências podem ser por demais onerosas para o contingente da cidade.
Imagem 11 - transito caótico da cidade.
Do mesmo modo que as vias de circulação não comportam a grande demanda de veículos, e as calçadas, por estarem ocupadas pelo comércio de ambulantes, também não suporta a circulação dos transeuntes, também as sarjetas seguem essa mesma tendência para a drenagem urbana, não suportando a grande quantidade depositada.
Estreitas e irregulares, algumas vezes ainda, inexistentes, o meio fio apresenta-se, por falta mesmo de uma rede coletora ou de fossas e galerias de esgoto, sobreutilizado. Mais uma vez cabe salientar que o destino de grande parte destes rejeitos depositados nas vias públicas é o rio.
Ao observar tamanho caos, e olhar para os céus para fugir alguns segundos desta paisagem, nota-se a dimensão da irregularidade sobre a produção do espaço em Ciudad Del Este. Os prédios, como obras de Dali, parecem preparados para desmanchar. Longe de pensar que não exista um padrão para a construção de tais edifícios, o que se evidencia é a ausência de um padrão de fiscalização sobre a ampliação das construções ou de seus usos. Uma considerável parcela dos edifícios são atualmente utilizadas como galpões de produtos importados, porém com mão-de-obra empregada nestes estabelecimentos, combina-se, para ampla utilização do espaço, a divisão da área com divisórias de madeira, e para a iluminação e refrigeração destes ambientes, extensos “gatos” elétricos.
Ainda na cidade pode se recorrer a algumas áreas com cobertura vegetal, em geral arvores nativas, com raízes mais profundas que não implicam na desestruturação das calçadas. Localizadas em praças e em canteiros centrais principalmente, o maior entrave para a manutenção de algumas destas espécies está ligado ao aspecto de suas estaturas. Árvores muito altas que crescem por entre postes de luz, comprometendo a estrutura de distribuição de energia.
No entanto uma vegetação que no quadrante analisado parecia também ser bastante exuberante foi a da vegetação de gramíneas nas sarjetas e fissuras pelo asfalto. Ao lado das saídas de esgoto de estabelecimentos comerciais se emparreiravam diferentes espécies, competindo pelos insumos lançados pelo esgoto. O constante crescimento destas espécies acaba por implicar no surgimento de rachaduras tanto no asfalto como mesmo em concreto de má qualidade, por conta da penetração das pequenas e frágeis raízes.
Ecomuseu
Como parte das atividades do curso da disciplina de Biogeografia , os alunos do 4º ano visitaram ao Ecomuseu e ao Parque Nacional Iguazú ao qual tinham como incumbência responder o seguinte questionário:
1. O que significa a palavra tupi-guarani IGUAÇU:
A palavra significa “água grande”
2. O que significa a palavra tupi-guarani ITAIPU:
A palavra significa “a pedra que canta”
3. Em qual rio foi construída a Hidrelétrica de Itaipu:
Ela foi construída no Rio Paraná
4. O lago de Itaipu é de que tamanho?
É de aproximadamente 1.350 Km².
5. Qual o tamanho em Km² do município de Londrina?
É de aproximadamente 1.651 km².
6. Mencionar 3 espécies da flora do Parque Nacional de Iguaçu:
Canjarana; Pau-marfim; Louro Pardo.
7. Mencionar 3 espécies da fauna do Parque Nacional de Iguaçu:
Onça-pintada; Araçai Castanha (Tucano); Gralha Azul.
8. Qual a vazão média das Cataratas do Iguaçu?
É de aproximandamente 1.500 m³/s.
9. Como é denominada a Floresta onde se encontra o Parque Nacional de Iguaçu?
Floresta Subtropical Estacional Considua.
10. Observe uma transecção linear da Floresta do Parque de Iguaçu e faça uma foto explicativa ou um croqui.
Imagem 12: Transcecção Linear da Floresta Do Parque de Iguaçu
Parque Nacional Do Iguazú
Criado em 1934, o Parque Nacional Iguazú está situado ao norte da Província de misiones, que faz fronteira com o Brasil. O parque, que abrange uma área total 67000 ha, desde 1984, ostenta o titulo de patrimônio natural da humanidade. Tanto o relevo quanto o padrão de drenagem estão sujeitos a uma meseta basáltica que alcança 700 metros. O clima da reserva é mesotérmico brando super-úmido, com temperatura média de 18 a 22º centígrados, mínima de 0°c e máxima em torno de 40°c.
A região oeste do Paraná, onde esta situado o Parque, e recoberta pela mata estacional semidecídua. Estacional, porque apresenta as estações do ano bem definidas, com verões chuvosos (entre 1.500 e 1.750mm) e invernos secos. Semidecídua, porque algumas árvores perdem as folhas no inverno para compensar a falta de água. Na parte norte do Parque Nacional, em regiões acima de 600m, existem a matas de pinheiros nativos (Araucaria angustifolia).
A Flora do Parque Nacional do Iguazu tem uma diversidade riquissima. São milhares de espécies que se condensam na Flora Pluvial Subtropical. Na flora do parque predomina basicamente dois grupos: floresta estacional semidecídua e mata de araucária, que formam a cobertura contínua de vegetação, lembrando um gigantesco manto verde de valor incalculável, como banco genético para futuros reflorestamentos.
Questionário aplicado para respostas:
1. Qual o nome da província biogeográfica em que se localiza o Parque Nacional Iguazu?
Província Paranaense.
2. Qual o maior mamífero encontrado no Parque Nacional Iguazú? E sua área de ocorrência?
A Anta que pode ocorrer amplamente distribuída pela América do Sul.
3. O que significa as formas dendríticas na vegetação do Parque Nacional Iguazu que podemos observar nas imagens de satélites do Google?
São os vales alagados (vide imagem 12) que há no parque, devido à sua formação dendrítica.
Imagem 13: Vale alagado encontrado no parque (foto: Gustavo Nascimento)
4. Comentar sobre algum aspecto que você achou interessante observando o Museu do Parque Nacional Iguazú:
A estrutura encontrada assim com as informações históricas do local e a cultura ali existente. Além também de oferecer uma visão diferente e uma proximidade maior dos visitantes com as quedas d’água do que do lado brasileiro.
Imagem 14: Mapa Fitogeográfico do Paraná
Conclusão
Podemos concluir que a região da Tríplice Fronteira enfrenta condições sociais, econômicas e naturais contraditórias, cada local apresenta uma infra-estrutura e desenvolvimento diferenciados, que atende as demandas do capitalismo, levando a desigualdades sociais, que ficam evidenciadas nas ruas das cidades dos três países, principalmente em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, onde a miséria da população caminha ao lado das ações capitalistas, do desenvolvimento do comércio e turismo regional. Percebemos que o desenvolvimento do comércio local não é revertido para melhorar as condições de vida da população.
Em relação ao turismo local, que é baseado nas riquezas naturais da região, percebemos que ele é capitalista, onde o importante não é somente a preservação do meio ambiente mais também o de utilizar as belezas paisagísticas para a geração de capital. Nota-se também, que os locais mais conservados e com investimento em infra-estrutura são aqueles em que há o desenvolvimento do turismo, já os outros, sofrem com a degradação ambiental e com a falta de investimento.
Em suma, através do trabalho de campo e dos estudos realizados em sala de aula podemos observar que a região não é o paraíso das compras e do turismo mas também que a mesma, enfrenta graves problemas socioeconômicos.
Referências
RABOSSI, F. Nas ruas de Ciudad Del Este: vidas e vendas num mercado de fronteira. 2004. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
PN Iguazú. Disponível em:
http://www.parquesnacionales.gov
Acesso em: 05/12/2009.
Usina de Itaipu. Disponível em:
http://www2.itaipu.gov.br/meioa/ecomuseu.pdf
Acesso em: 05/12/2009